segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Dica de prevenção...

Dor de cabeça intensa, vômito freqüente e febre. Os sintomas - que muitas vezes podem parecer de uma doença comum, são os principais alertas para que o paciente corra para um médico para verificar se tem meningite. A recomendação dos profissionais é que o paciente não se automedique.
Os especialistas explicam que a meningite é tratada com antibióticos, em altas dosagens, que são aplicadas diretamente na veia do paciente. “Se o paciente toma um antibiótico por conta própria, a dose baixa só atrapalha na recuperação”, afirma o infectologista Orlando Jorge Gomes da Conceição, 45 anos, do Hospital São Luiz. Normalmente, afirma o médico, o doente precisa ficar internado no hospital para se tratar.
Os médicos afirmam que, se descoberta logo no início, a meningite não traz seqüelas e diminui consideravelmente o risco de morte dos pacientes.
A meningite (inflamação das meninges) pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos. O médico infectologista do Hospital Albert Einstein, Luís Fernando Aranha Camargo, 45 anos, diz que o exame para detectar se o paciente tem ou não meningite é feito em hospitais, onde é realizado o exame de líquor (retirada de um líquido da medula espinhal). “O procedimento é simples, pouco doloroso e o diagnóstico é eficaz e sai em algumas horas”, explica.
Qualquer pessoa pode ter meningite, mas a doença é mais comum em crianças e jovens. Os idosos, afirma o médico, geralmente tem a meningite pneumocócica.
Ele explica que a meningite pneumocócica oferece mais risco do paciente ter seqüelas como surdez, paralisia cerebral e dificuldade no aprendizado. O tipo meningocócico é o que causa mais mortes de pacientes. Essa meningite, que é transmitida com mais freqüência de uma pessoa para outra, é considerada pelos médicos a mais fácil de ser tratada, desde que a doença seja descoberta logo.
A meningite é transmitida pelo ar ou pelo contato direto com pessoas doentes. No calendário de vacinação do país, está prevista apenas a vacina contra a meningite por hemófilos. Para se prevenir contra a pneumocócica e meningocócica, o paciente tem que procurar a rede particular para se imunizar. A vacina contra a meningocócica é usada apenas em casos de surto. Em 2007, a Secretaria de Estado da Saúde registrou 9.488 casos de meningite e 473 mortes. O número é menor em relação a 2006 quando foram 9.548 casos e 935 mortes.(GB).

Campanha "Ajude as Crianças Especiais"

O Sporting Solidário, em parceria com a APPC, vai desenvolver uma campanha de sensibilização e de angariação de fundos, nos dias 15,16 e 17 de Outubro, das 10h00 às 20h00 no Multidesportivo Sporting / Açoreana Seguros.No âmbito do projecto Sporting Solidário irá decorrer no Multidesportivo Sporting / Açoreana Seguros mais uma iniciativa para a angariação de fundos destinados à Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APPC).A paralisia cerebral, enquanto perturbação do controlo da postura e movimento resulta de uma anomalia ou lesão não progressiva que atinge o cérebro em desenvolvimento. As crianças com paralisia cerebral para além das perturbações motoras também apresentam atrasos cognitivos, perturbações visuais e auditivas, epilepsia, dificuldades de aprendizagem e défice de atenção.Estima-se que em cada 1000 bebés, em média 2 serão afectados por Paralisia Cerebral.Para que a APPC consiga criar respostas para as necessidades específicas das Crianças, Jovens e Adultos com paralisia cerebral, nomeadamente a manutenção e criação de centros de reabilitação, necessita de fundos monetários.

Fonte: http://www.sporting.pt/Info/Noticias/noticiasgerais_campanhaajudacriancas_141008_45797.asp

segunda-feira, 6 de outubro de 2008


Exemplo de superação e cidadania na 4ª Zona Eleitoral
Rodrigo SenaELEIÇÕES - Alan Rubim vota desde os 16 anos, apesar das dificuldades físicas06/10/2008 - Tribuna do Norte Ellen Rodrigues - Repórter Os raros e pontuais problemas constatados em meio à tranqüilidade das eleições na 4ª Zona Eleitoral de Natal, não conseguiram ofuscar os exemplos de superação de vários eleitores, que mesmo com dificuldades de chegar à seção, fizeram questão de exercer a cidadania. Há 17 anos, João Soares foi vítima de um acidente de trabalho que o impossibilitou de continuar a trabalhar e dependente de muletas. Mas devagar, e com um passo de cada vez, ele chegou à Escola Estadual Antônio Pinto de Medeiros no final da manhã de ontem para votar. “O voto branco ou nulo é um desperdício, é preciso escolher um candidato. Todos têm proposta, algumas melhores outras piores, mas é o voto que alimenta a democracia. Se não pudéssemos votar, teríamos uma ditadura”, declarou o eleitor da Escola Estadual Antônio Pinto de Medeiros no conjunto Cidade Satélite. Dona Terezinha Moreira, 66, foi votar em um anda-já, ainda se recuperando de uma queda. Nos 15 locais de votação, que compreendem bairros como Pitimbú, Candelária, Felipe Camarão e Cidade Nova, a movimentação que causou mais transtornos foram as filas em algumas seções com grande número de eleitores, com espera que ultrapassavam o tempo de duas horas. A grande disparidade no número de eleitores aptos a votar nas seções de número 275 (135 eleitores) e 236, (450 eleitores), no Caic de Pitimbú, foi um dos casos constatados.Na primeira, não havia fila de espera e, na segunda, mais de 40 pessoas aguardavam a vez. “É um absurdo, deviam dividir os eleitores nas duas seções”, disse a projetista Libna Cavalcante. Ainda na seção 236, uma pequena fila preferencial de mães com criança de colo e idosos se formou, e a votação foi revezada. A doméstica Cleidiana Aguiar desistiu dos planos de ir à missa para aguardar a vez, “já perdi a hora de ir, é sempre lotado aqui”. Nas ruas, o tráfego de veículos ficou mais intenso em frente aos locais de votação, mas sem causar maiores transtornos, e na região oeste os ânimos eram mais visíveis, e a bebida alcoólica proibida para comercialização, esteve presente nas comemorações antecipadas. Mas foi antes mesmo de começar as votações, por volta das 6h30 da manhã, que encontramos no local com maior número de seções, a Escola Estadual Monsenhor Walfredo Gurgel, em Candelária, o aposentado Jarbas de Oliveira, 74. Pela idade, ele não tinha obrigação de votar, mas explicou que nunca deixou de votar. “Costumo chegar antes das seis. Lembro de quando os títulos eram enormes, e quando votei em Henrique Alves, que aos 19 anos foi candidato a deputado federal em 1970”. Ele foi o primeiro a votar em sua seção, logo após a correria para chegar à seção na abertura dos portões às 8 horas em ponto.Em várias seções a falta de mesários convocados levou os locais a funcionar com menos dos quatro voluntários estabelecidos pelo TRE. Dos 28 mesários das sete seções da E. E. Prof. Luiz Antônio, Candelária, dez não compareceram, segundo Ana Tarcísia, supervisora do TRE. “Teve seção que não veio nenhum dos quatro convocados”, explicou. Ao contrário, o número de fiscais de partidos encontrados em alguns locais com maior número de eleitores chegavam a mais de dez por partido. A votação com presença de crianças e eleitores portando celular também variou bastante de local para local.Nas eleições de 2006, 90.431 estavam aptos a votar e esse ano 93.742 eleitores.Eleitor com paralisia cerebral vota com ajuda da mãeO eleitor Alan Rubim, 29 anos e vítima de paralisia cerebral, fez exatamente o contrário de alguns eleitores insatisfeitos com a obrigatoriedade do voto, que justificam a ausência às urnas, às vezes por motivos banais. Superando todas as dificuldades de locomoção, fala e coordenação motora que naturalmente justificariam sua falta, o jovem que vota desde os 16 anos chegou na tarde de ontem à sua seção na Escola Estadual Professor Luiz Antônio, em Candelária. Com a ajuda da mãe e da tia, ele chegou de táxi em uma cadeira de rodas, e para assinar o nome na ata que comprova o voto, ele contou com o apoio de uma tábua de madeira adaptada. Após alguns minutos dedicados à assinatura, ele foi levado pela mãe até o local de votação. Lá, demorou apenas alguns segundos para concretizar seu direito e dever como cidadão. Mas derrubar obstáculos para alcançar objetivos quase “impossíveis”, é uma constante na vida de Alan. Recém-formado em Marketing em uma faculdade particular de Natal, o aprendizado era sempre arquivado na memória. “Ele não gravava nem podia escrever, então apenas assistia às aulas, e fazia as provas ditando as respostas”, disseram os familiares. “Por essa limitação foi impedido de tentar ingresso na UFRN e concursos públicos que teve interesse, porque esse método de prova não é aceito”. Alan quer ir mais longe, com a monografia sobre sua vida tendo sido conceituada como o melhor trabalho de conclusão de curso da instituição, Alan quer ir ainda mais longe. “Ele pensa em estudar Direito”, disse a mãe.
Irlandês com paralisia cerebral excluído dos Jogos por não ser incapacitado o suficiente
[ 2008/09/11 17:36 ]

O irlandês Derek Malone, medalha de bronze em Atenas 2004, foi excluído dos Jogos Paralímpicos de Pequim depois de os juízes terem considerado que «não demonstrou incapacidade suficiente para a prática da modalidade» no jogo inaugural de futebol-sete, que a Irlanda perdeu por 2-4 frente ao Irão na segunda-feira.
O atleta de 28 anos sente-se «triste e desapontado», pois a sua condição não é mais do que um reflexo do árduo trabalho realizado para controlar a doença. «A paralisia cerebral aceita muito bem o treino, mas se pararmos de treinar por indeterminado período de tempo os sintomas regressam, não há cura. Isto é ridículo. A alta competição passa por tentarmos superar-nos. Como podemos ter um sistema que penaliza os atletas que trabalham arduamente para desenvolver as suas capacidades», defendeu Derek Malone, esta quinta-feira, em conferência de imprensa.
«Como pode alguém duvidar que a minha paralisia cerebral não afecta a prática desportiva? Toda a minha carreira tem sido uma batalha contra os sintomas», questionou, ainda, Derek Malone.
Ucrânia, Brasil e Holanda uniram-se à Irlanda na contestação, por considerarem que o processo «não foi transparente» e aplicado de «igual modo a todas as nações».

Fonte: http://www.maisfutebol.iol.pt/noticia.php?id=990010&div_id=1493

Esperança. 0 Caso de menina hoje com 2 anos é um marco nesse tipo de terapia Células-tronco ajudam bebê com paralisia cerebral a ter melhoraCriança consegue pular e falar depois que passou por tratamento inovador
Michael Booth The Denver Post Denver, eua. Com uma simples palavra no banco de trás do banco do carro, Chloe Levine, 2, apresentou um grande avanço. "Coco", disse a criança, expressando pela primeira vez seu apelido. Essas duas sílabas proferidas por Chloe são um marco na terapia com células-tronco, ajudando os cientistas a provar que injetar em um bebê células-tronco dele próprio pode restaurar um cérebro acometido por paralisia. Antes do tratamento em maio na Universidade Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos, Chloe tinha problema na fala e o lado direito do seu corpo estava quase paralisado. Agora ela consegue pular da cama, usando sua mão direita e aprendendo palavras novas todo dia. Esses experimentos da Duke expandem novamente a abrangência das restaurações de falhas corporais possibilitadas pelas células-tronco.Para Jenny Levine, a recuperação de Chloe é atribuída em partes iguais à ciência, mágica e milagre. "É como se alguém tivesse destrancado a porta da sua personalidade, que simplesmente começou a aparecer", disse Jenny, enquanto Chloe e sua irmã de 4 anos, Shayla, brincavam e pulavam da cama para o chão em um quarto no andar de cima. Entre os pulos, Chloe usou sua mão direita relaxada - que durante dois anos inteiros havia sido considerada quase que totalmente inútil - para aumentar o volume de um programa infantil que passava na TV. Apenas dois dias após a injeção de células-tronco de Chloe nela própria, "começaram a acontecer coisas que ela nunca conseguia anteriormente, e nós finalmente conseguimos parar de pensar que isso era apenas coincidência", disse Jenny. Traduzido por André Luiz Araújo.


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A Paralisia Cerebral...


Segundo Braga (1995), paralisia cerebral é a lesão de alguma parte do cérebro ou mau desenvolvimento do cérebro, isto acontece durante a gestação, durante o parto ou nascimento e no processo de desenvolvimento do cérebro da criança, podendo iniciar-se na concepção, no período fetal e continuando assim ate a vida adulta, sendo que muitas vezes não conseguem identificar à causa da paralisia cerebral da uma criança.
Braga (1995), destacar alguns períodos em que se pode causar a lesão:
Pré-natais: onde as causas mais freqüentes são infecções intra-uterinas, rubéola, toxoplasmose, citomegalia, herpes zoster, sífilis, anoxia fetal, ou conseqüências de problemas durante a gestação acidentes sofridos nesse período a exposição à radiação ou drogas, erros de migração neuronal, malformações cerebrais, uso de bebidas alcoólicas cigarros ou cocaína são fatores de alto risco durante a gravidez.
Peri-natais: complicações durante o parto, traumatismo cerebral, nascimento com baixo peso e as infecções que são a causa mais freqüentes neste período.
Pós-natais: encontra-se traumatismo crânio-encefálicos, infecções do sistema nervoso central, encefalites, meningites, anoxia cerebral, devidos as asfixias, afogamentos, convulsões, paradas cardíacas e acidentes vascular cerebral.
O mesmo pesquisador também classifica o sistema da patologia em varias categorias:
Espástica: com os movimentos difíceis;
Atetóide: com movimentos descontrolados;
Atáxica: com coordenação equilíbrio ruim;
Mista: sendo a combinação de diferentes tipos;
Esses tipos de paralisia cerebral podem afetar a visão, a audição, o tato e a fala, causando problemas na aprendizagem, tanto físicos quanto emocionais.

“Paralisia cerebral espástica é vista com mais freqüência na população, caracteriza-se por aumento do tônus muscular, diminuição de força muscular e hipereflexia” (BRAGA, 1995, p.11).
Braga (1995), afirma que os movimentos são poucos e requer muito esforço, esses podem ser descontrolados, o relaxamento dos músculos é explicado como a abertura de um canivete, que quando aperta o botão ele abre muito rápido sem controle. A espasticidade ocorre como conseqüências piramidais geralmente ocorridas no córtex-motor, ela se contraem causando deformações articulares, dependendo do local onde a lesão ocorre, diferentes partes do corpos são afetados.


Bobath (1979) classifica a espasticidade em:
Hemiplegia espástica: causa lesão nos membros inferiores ou superiores, na hemiplegia o membro superior é mais afetado do que o inferior, a lesão causada no lado do cérebro causa alterações no lado oposto do corpo.
Diplegia espástica: segundo alguns pesquisadores 80% dos bebês prematuros tem diplegia espástica, a alteração da tensão é mais evidente até nos membros inferiores, mas tanto nos membros superiores quanto inferiores são afetados.
Tetraplegia espástica: alteração de movimentos nos quatros membros, o tronco e o pescoço, a postura pode ser observada na primeira infância e pode persistir nos primeiros anos de vida.
A triplegia: é utilizada para descrever os casos que predomina apenas três membros, geralmente as duas pernas e um braço, e difere da tetraplegia por que em muitos os casos um dos membros superiores é mais funcional do que o outro.
Quadriplegia espástica: nesse tipo de paralisia o corpo é afetado e a fala em alguns casos é mais ou menos envolvida.
Monoplegia: sendo uma forma leve de paralisia cerebral espástica em que apenas um membro predominante é comprometido, esses casos são muito raros e a criança supera com mais facilidade.


Na paralisia do tipo atetóide “todo paciente mostra um tônus muscular instável e flutuante, mas a amplitude das flutuações pode variar amplamente nos casos individuais” (BOBATH, 1979, p.84).

Os músculos não se firmam, por isso não se consegue os movimentos pretendidos estes acontecem como surto, por exemplo, uma contração muscular sem controle, as flutuações do tônus muscular se manifestam em alguns movimentos involuntários, isso em todos os casos de atetóide. A maioria do grupo atetóide pertence às quadriplegias, pois as partes superiores são as mais atingidas (BOBATH, 1979).

Bobath (1979) afirma que nas quadriplegias astetósicas o tônus geralmente é baixo durante os primeiros meses, a criança não tem firmeza nas pernas e no corpo em si, essas reações podem não desenvolver por muitos anos e podendo permanecer defeituosas na vida futura. A criança é incapaz de levantar a cabeça tanto na posição supina, prona ou lateral e é incapaz de sentar-se ou rodar para qualquer posição. “A criança não suporta ficar deitada em prona, pois não consegue levantar a cabeça, não consegue apoiar as mãos para levantar e é incapaz de engatinhar, passando o tempo todo em supina ou sentado com apoio" (BOBATH, 1979, p.84).

Para Bobath (1979), na atetóide é como se o indivíduo não tivesse controle dos seus próprios movimentos, e durante o sono o tônus muscular parece normal e esses movimentos involuntários desaparecem. Nesses casos são mais afetados nos músculos faciais em conseqüência, trás os problemas de articulação da fala e a sialorréia com maior freqüência.

Como Bobath (1979) coloca, a ataxia é um tipo de paralisia de conseqüência da lesão do cerebelo, as dificuldades nos primeiros anos de vida não são aparentes, e geralmente a um atraso do desenvolvimento motor, a criança quando começa a andar antes de três ou quatro anos de vida verifica-se a dificuldade com aumento da base de apoio, e quedas freqüentes.

Braga (1995), afirma que os tipos mistos de paralisia são quando não podemos identificar se é atetose ou ataxia quando o predomínio de um tipo sobre o outro não pode ser identificado.

De acordo com a Federação Nacional das APAEs (1993), na educação precoce são adotadas técnicas e procedimentos de intervenção e estímulos aplicados por equipes interdisciplinares, ou seja, médica pedagógica e social, juntamente com a participação da família, oferecendo condições para que a criança aproxime, gradativamente, dos padrões de desenvolvimento esperados para sua idade e possa alcançar as etapas evolutivas subseqüentes. Pois as principais causas de deficiência decorrem de fatores relacionados à nutrição inadequada de mães e crianças, ocorrências anormais nos períodos pré e peri – natais, doenças infecciosas, acidentes, traumatismos e problemas de ordem genética.As deficiências podem ser evitadas e a maioria pode ser limitada em seus efeitos sobre a vida das crianças e de suas famílias, através de medidas sanitárias, orientações pré – natal, cuidados peri e pós – natais, nutrição adequada antes, durante e após a gestação, cuidados especiais contra acidentes, vacinas contra doenças infecciosas e aconselhamento genético.

Braga (1995), afirma que nesse período, os cuidados são referentes às condições gerais da futura mãe, entre eles se destaca as os seguintes aspectos:
· Vacina contra rubéola: ministrada na futura mãe até seis meses antes da gestação. Ela previne no bebê a ocorrência de deficiências como cegueira, surdez, microcefalia, deficiência mental e paralisia cerebral.
· Tratamento contra texoplamose: evita que a criança nasça com hodricefalia, calcificação cerebral, surdez e cegueira.
· Tratamento contra sífilis: previne o nascimento de crianças portadoras de deficiência física, visual e mental. Dentre eles a futura mãe também deve tomar outras medidas, como, evitar casamentos consangüíneos; evitar engravidar após os 35 anos de idade, pois estudos apontam que a Síndrome de Dawn (mongolismo) está relacionada à idade da mãe e buscar aconselhamento genético quando há familiares com deficiências.

Segundo Braga (1995), a prevenção deverá ser a primeira providência a ser tomada para evitar a deficiência, pois além de ser a medida mais eficiente para garantir a saúde e o desenvolvimento normal da população, seus custos são reduzidos, se comparados aos valores que são dependidos pela família e pelo poder publico em exames diagnósticos, tratamento de saúde e manutenção de custosos programas que atendem a um número restrito de pessoas com deficiência enquanto um grande contingente de crianças e adolescentes e adultos ameaçados ou infectados por deficiência graves, de caráter irreversível, está situada a margem e não vêm recebendo a atenção devida as suas necessidades especiais.

Para a Federação Nacional das APAEs (1993), as medidas preventivas, em sentido amplo, ultrapassam em muitos aspectos os limites das áreas da educação e da saúde, na luta pela melhoria da qualidade de vida para toda a população, trabalho e experiências sociais. Pois alguns fatores poderão ou não contribuir, de forma satisfatória ou não para o desenvolvimento global da criança que apresenta comprometimentos motores. Para toda criança a sua relação com o mundo depende das experiências com os do meio, que contem implicitamente, normas que regulam a participação de todos os indivíduos.

Segundo Braga (1995) no decorrer no decorrer do desenvolvimento da criança, a mãe e outras pessoas próximas vão atribuindo significados aos sons emitidos s pela criança, e assim estabelece – se entre eles uma vida de comunicação que permite que a criança se expresse e se aproprie da cultura. As formas alternativas de comunicação permitem o desenvolvimento em um espaço no qual cultura e cognição são criados reciprocamente pela criança.


A Federação Nacional das APAEs (1993) ainda afirma que a forma como a família e a escola vê essa criança poderá causar benefícios ou não a evolução da sua afetividade, pois são eles os elementos mais importantes na sua evolução como um todo. Suas oportunidades de participação e ação estarão a mercê do olhar que o meio possa estabelecer para formar a opinião sobre sua devida importância nas relações sociais, e sabe – se que é no processo de oportunidades que a criança aprende a conviver com regras de conduta e a participação nos jogos sociais, aprendendo normas de convivência, introduzindo as primeiras noções de bem estar social, favorecendo assim a construção de estruturas mentais operatórias necessárias a sua própria conquista dos valores necessários para agir e interagir adequadamente com o meio, ao mesmo tempo. Nesse aspecto a criança aprende que é mais um elemento importante no contexto social, pois é aí que a criança encontra prazer em agir, sentindo - se motivada a prosseguir com suas efetivas ações transformadoras.

De acordo com os Parâmetros curriculares nacionais (1998), para que a criança possa ter uma boa formação, é necessário que haja a presença de auto – estima por parte de quem o acompanha ou estão ao seu lado. Pois o auto - estima compromete a capacidade de agir e interagir de qualquer individuo, por isso ela é fundamental para a sobrevivência, e tem alto valor psicológico.

Lataille (2002), diz que: As crianças com tetraplegia espástica são mais dependentes da ajuda de outras pessoas para alimentação, higiene e locomoção. O pedagogo e o profissional têm um importante papel diante dessa necessidade educacional. O autor continua afirmando que a proposta pedagógica, numa visão construtiva do conhecimento, tem no aluno e nas suas possibilidades, o centro da ação educativa, e o processo de aprendizagem desses alunos requer algumas modificações e adaptações. Para isso o pedagogo e o profissional terão que fazer uma análise critica das relações inter e intrapessoais, vividas na escola. O processo pedagógico deverá ser construído a partir das possibilidades e potencialidades, do que o aluno já consegue fazer.

Para Coll; Palácios e Marchese (1995), o educador de um aluno com paralisia cerebral deve considerar que tem diante de si, um aluno a quem deve ajudar, a aproveitar o máximo de suas potencialidades de desenvolvimento, de modo a viver a vida o mais independente, rica e feliz possível. Essas necessidades devem ser vista pelo educador como um desafio e não como um obstáculo, melhorando a cada dia as estratégias de interação educativas utilizadas, refletindo continuamente sobre a pertinência dos objetivos propostos e dos meios escolhidos para alcançá-los. Os educadores devem buscar sistemas aumentativos e alternativos de comunicação, que, são todos aqueles recursos, naturais ou desenvolvidos com fins educacionais e terapêuticos, que envolvem mecanismos de expressões distintos da palavra articulada. O mesmo autor afirma que os suportes técnicos por sua vez, podem ser muito simples, como os tabuleiros de comunicação ou os sinalizadores mecânicos, ou podem ser mais complexos, alguns deles incluindo tecnologia microeletrônica. Para que realmente facilitem a autonomia pessoal, os suportes técnicos devem ter três características principais: em primeiro lugar, a resposta motora necessária para o manejo do suporte técnico deve adaptar - se as possibilidades do usuário. Em segundo lugar, os suportes técnicos devem permitir diversas opções de saída, para facilitar a pessoa afetada, a comunicação, o jogo, o estudo, o controle do ambiente ou inclusive a formação e a ocupação profissional. A terceira característica que os suportes técnicos devem cumprir para facilitar a autonomia e que sejam resistentes e portáteis. Os suportes técnicos produzem resultados concretos e gratificantes para respostas muito simples da criança.
As figuras abaixo apresentam algumas alternativas de recursos técnicos:

“Se deve levar em conta que os suportes técnicos proporcionam um mecanismo físico que permite a comunicação, mas não dotam automaticamente a pessoa de habilidades comunicativas e lingüísticas necessárias para a interação” (COLL; PALACIOS e MARCHESE 1995, p.229).

Segundo a Federação Nacional das APAEs (1993) Educação especial é denominada para se referir a educação das pessoas com deficiências ou com necessidades especiais, que necessitam de atenção particular no processo de desenvolvimento e a aprendizagem. Pois é garantido por lei o direito ao atendimento educacional especializado por profissionais habilitados, de métodos e técnicas, de conteúdos curriculares próprios e de equipamentos e materiais institucionais específicos as pessoas com necessidades especiais nas diversas áreas de manifestação da excepcionalidade.

“As crianças são consideradas educacionalmente excepcionais somente quando suas necessidades exigem a alteração do programa” (KIRK e GALLAGHER, 2002, p. 5).

“Os problemas da criança pequena deficiente tendem a abranger os planos da saúde, da educação e questões sócias – psicológicas” (KIRK e GALLAGHER, 2002, p.25).

Um único setor profissional não se reúne o conhecimento necessário para preencher da criança e de sua família. Daí a reunião de muitas disciplinas diferente num único caso para que a família tenha acesso a toda variedade de conhecimentos necessários para desenvolver um programa abrangente de tratamento (KIRK e GALLAGHER, 2002, p. 25).